REFORÇO POSITIVO PARA MIM MESMA

Fala galera, tudo certo?

Hoje trago uma confidência da nossa Dra. Izabela Lucchese Gavioli, que esteve presente no nosso workshop: um texto com a cara do blog. Merece ser lido com muita atenção.
Valeu, Iza!

Abração galera, fiquem com Deus!

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REFORÇO POSITIVO PARA MIM MESMA:

 
De vez em quando isto é necessário. É uma catarse.

Absolutamente cansada, todos os músculos do corpo "usados". Resultado da oficina de acrobacias, ministrada pelo amigo Psico Alfredo Bermúdez, neste fim de semana. Com esta sensação estou acostumada; o que me leva à divagação é o horário em que isto aconteceu: sábado e domingo, das 8 às 10 da manhã e das 2 às 4 da tarde. Depois de trabalhar 12 (às vezes 14) horas por dia, o domingo é o único dia da semana em que me permito dormir livremente. Senão, a semana não acontece. Mas ultimamente tenho empenhado também os domingos na minha formação, no meu treino para ser uma melhor profissional de dança, um referencial para meus pacientes e uma pessoa mais saudável. O Curso de capacitação em dança de salão, ministrado pelos professores Cristovão Christianis e Katiusca Marusa Cunha Dickow, toma um domingo por mês, e vai impiedosamente das 9 às 19 horas (eles deixam almoçar!). Sai-se feliz e quebrado! E segunda-feira, bem cedinho, tudo começa outra vez. Por um acaso cronológico, no domingo passado teve dança de salão, neste acrobacia, no próximo haverá dança de salão de novo. Três domingos sem dormir como necessito, eu que durmo 4 a 5 horas por noite, de segunda a sábado. 

Hoje tive recompensas: parada de cotovelos, reversão, estrela sem mãos, beija-flor... Com a orientação e o auxílio do professor, experimentar novos movimentos, e as sensações, já bem conhecidas: medo, exaustão, instabilidade... e algum sucesso! Vencer tudo isto me faz passar batida pela vontade de fazer terapia. Não há divã nem Prozac que substituam a serotonina gerada pelos meus músculos exaustos.

Hoje quando eu estava saindo para a aula das 14 horas, senti o cheiro forte de churrasco vindo de todas as casas do bairro. E no retorno, o face lotado de fotinhos de bolo, chimarrão e pernas para o ar. Eu, levando tombo, treinando reversão e tanta gente entupindo as coronárias. "Quem corre porque quer, não cansa", como dizia minha secretária Beth. É verdade, Beth. Mas, amanhã cedinho eu vou estar no consultório, de onde não tiro férias há 2 anos, e vou perguntar o que a pessoa está fazendo de exercícios, como sempre. Além de reclamar que demora muito para conseguir consulta comigo, a pessoa vai me dizer (em 90% dos casos) que "não dá tempo", que "chega em casa cansada" (às 7 da noite!), ou que "não conseguiu se organizar". E, provavelmente, a pessoa vai me pedir uma solução mágica (do tipo "remédio para tomar") e vai ficar insatisfeita com qualquer sugestão que dependa da FORÇA DE VONTADE.

Ninguém falou que era fácil. Se falou, mentiu. E, às vezes, não é divertido, mesmo fazendo o que se gosta. Isto também não me incomoda, é normal. Só me incomoda a preguiça, a pieguice, o coitadismo, a falta de mérito. 

Se alguém venceu o desafio de ler até aqui, e faz parte do meu círculo de convivência, não me reclame que está cansado, não me peça atestado para descansar, não me peça receita de antidepressivo. Vá à luta. Vá se cansar. 

E tu, Izabela, que andas cansada de ver triunfar as nulidades, não esquenta; a sensação da estrela sem mãos é só tua. 

E amanhã tem mais.