Recebi esse texto de um grande amigo, o Diego, que traz a discussão sobre o uso de animais nos circos. Minha opinião? Acredito que deve haver circos que não tratam bem seus animais. Agora, tomar isso como regra... já é bem diferente! Achei legal o texto por mostrar o outro lado, a visão do artista circence e o dono do circo, que muitas vezes tratam bem seus animais e vêem na lei de pribição um abuso de poder, onde as pessoas que fizeram a lei sequer procuraram saber da realiade. E a sua opinião, qual é?
Abaixo o texto:
A título de informação, a imensa maioria dos animais em espetáculos circenses são animais domésticos.
Cachorrinhos, cavalos, os coelhos, pombos domésticos e pôneis. Boa parte desses animais sequer tem um habitat natural que não o convívio humano. Só para dar um exemplo, os pombos utilizados na mágica não ocorrem na natureza. Em lugar nenhum do mundo. Não são apenas animais "nascidos em cativeiro". São animais de uma espécie exclusivamente doméstica. Caracteriza maltrato pegar um animal desses e deixá-lo à própria sorte, soltando-o para morrer dali a alguns dias. Felizmente as pombas são mais inteligentes que os ativistas, pois caso deixadas em outro lugar retornam para o seu companheiro de cena.
Atualmente não trabalho com animais. Mas a proibição é apenas mais uma expressão de ignorância, fanatismo, preconceito e desrespeito para com o cidadão circense.
Ela é a voz daqueles que acham que algumas pessoas podem ter direitos civis que outras não tem. Ou seja: Pode ter cavalho em hípica, em fazenda, em ONG, na rua, mas em circo não... Afinal o circense se trabalhar com um animal se transforma automaticamente em um torturador, um explorador e até um escravagista.
Só esquecem de falar para os nossos filhos, porque o filho do "cidadão de bem" pode mostrar para quem quiser os truques que ensinou ao seu cachorrinho, e o filho do "bandoleiro", do "explorador" do "escravagista" não pode ter o mesmo direito. Esquecem de explicar porque a TV pode fazer reality shows onde olhos e entranhas arrancados de animais, assim como animais vivos, ou que têm suas vidas retiradas diante das câmeras, são comidos como show asqueroso e bizarro, por aspirantes a fama, em espetáculos deprimentes de televisão.
Onde estão as leis proibindo animais na TV? Cadê o político que se aventura a censurar espetáculo de televisão? Ah... Televisão não é circo. Censurar só é feio no Teatro, no Cinema, na TV... No circo, censurar conteúdo é moda entre políticos canalhas, mentirosos e hipócritas.
Faz menos tempo uma menina foi queimada viva no Show da Xuxa. Um acidente lamentável. Nenhuma voz se levantou para proibir shows com crianças na TV ou para estigmatizar a Xuxa. Teatros já incendiaram matando platéias inteiras. Acidentes já ocorreram em filmes matando atores de cinema. Animais já atacaram pessoas em zoológicos, reservas ambientais, ruas, lares... Porque não proibir tudo? Vamos redefinir normas de segurança assim: Em caso de acidente a atividade que lhe deu origem, independente de culpa, fica proibida tal atividade para sempre.
Grotesco. Mas passa por esse mesmo raciocínio, proibir o circense de mostrar a cavalo em Porto Alegre, porque um pai aproximou o seu filho de um corredor de segurança mal projetado, por onde passavam leões famintos em Pernambuco.Em Direito se julgam pessoas. E não grupos sociais. A lente de julgar pessoas, impondo-lhes restrições de Direitos Civis por sua origem, cultura,ou grupo social é a lente do preconceito.
Grotesco. Mas passa por esse mesmo raciocínio, proibir o circense de mostrar a cavalo em Porto Alegre, porque um pai aproximou o seu filho de um corredor de segurança mal projetado, por onde passavam leões famintos em Pernambuco.Em Direito se julgam pessoas. E não grupos sociais. A lente de julgar pessoas, impondo-lhes restrições de Direitos Civis por sua origem, cultura,ou grupo social é a lente do preconceito.
É uma experiência de altos e baixos, ter que explicar essas coisas aqui e ali ao mesmo tempo em que um dos desafios do circo é justamente o resgate da cidadania. Mesmo nas esferas de debate da cultura, o preconceito contra o cidadão circense ainda se faz presente. Explorador não é o fazendeiro que usa animais trabalhando no sol o dia inteiro, o deputado que cria gado para corte, o ator que contracena com o macaco na novela. Explorador é o circense que cria, alimenta, dá carinho, saúde e ensina. Afinal para alguns ainda somos um espaço grotesco, de pessoas que ainda não estão prontas para a igualdade de direitos.
Para compreender a cultura circense é necessário saber que o animal é um membro da família. E é não apenas a origem mas um elemento forte característico da linguagem circense. A idéia que o circo moderno não tem animais é furada. É uma mentira que infelizmente muitos acreditam. A proibição, ao contrário do que apregoam, só colou em países politicamente atrasados e de pouca tradição democrática, como Bolívia e Cingapura. Nenhum país dentre os mais desenvolvidos do mundo acatou a tese da proibição, pois além de respeito ao circo, nesses países são levados em conta estudos que mostram que os exercícios realizados no circo fazem bem aos animais, diminuindo o nível de stress a que são submetidos tanto no zoológico quanto em ambientes selvagens. O Parlamento Europeu reconhece o circo tradicional, com animais, como Patrimônio Cultural, determinando que os governos locais não criem obstáculos a circulação de espetáculos circenses com animais. No entanto ONGs tentam vender uma mentira, que de tanto ser repetida, para alguns parece verdade, pela qual "países desenvolvidos" proíbem a apresentação de animais. Outra mentira se refere ao Cirque du Soleil. O Soleil é a favor dos circos com animais, sendo signatário da carta da European Circus Association e não apenas isso. Tem espetáculos com e sem animais, como Believe, em razão do qual também foi hostilizados por ONGs de espertalhões que faturam milhões com essa falsa luta pelos animais.
Abraços,
Rossini
Espero que tenham gostado do texto e refletido sobre o assunto! ;)
Grande abraço, fiquem com Deus!
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