No caderno Meu filho, na Zero Hora dessa segunda-feira, o destaque foi o circo.
Com a passagem do Cirque du Soleil por Porto Alegre, o jornal aproveitou para fazer uma repostagem mostrando a importância do circo para a criança.
Abaixo, parte da reportagem, tirado do site da Zero Hora, no clicRBS
Com a passagem do Cirque du Soleil por Porto Alegre, o jornal aproveitou para fazer uma repostagem mostrando a importância do circo para a criança.
Abaixo, parte da reportagem, tirado do site da Zero Hora, no clicRBS
Palhaço faz rir e ensina as crianças
Claudinho tem oito anos e, até a última semana, nunca tinha pisado em um circo. Em uma tarde de sexta-feira, juntou-se à irmã, Sophia, cinco anos, e aos amigos para ver, pela primeira vez, o tão esperado espetáculo. Agarrado no mascote de uma rede de lanchonetes, o menino estava ansioso pelo encontro com a arte circense do Cirque du Soleil. Queria ver de perto o personagem que sempre imaginou ser: o palhaço.
– Ele costuma ser muito engraçado. Mas, se eu pudesse, faria acrobacia no circo também. Sei dar alguns saltos mortais – disse o menino pouco antes de tentar, junto com a irmã, uma brincadeira com argolas.
Em frente ao picadeiro, os irmãos não contiveram a felicidade. Observando as travessuras do artista, riram, fizeram cara de espanto e trocaram comentários ao pé do ouvido. Ao surgirem equilibristas e trapezistas, o riso deu espaço ao olhar atento:
– O risco das apresentações também fascina as crianças. Ao ver o espetáculo, elas percebem o desafio dos obstáculos, de superar limites, o que faz parte da natureza do indivíduo – explica o diretor do Circo Girassol, Dilmar Messias.
Aqueles que, desde pequeno, têm contato com o circo, não somente como espectador, mas como aprendiz, desenvolvem desde cedo o senso de coletividade – ajudando os colegas e colaborando no transporte dos equipamentos –, a disciplina e a coordenação motora. De acordo com a professora Débora Rodrigues, que ensina técnicas circenses a criança há quase 10 anos, a atividade pode, inclusive, ajudar os hiperativos a manter a concentração:
– A partir dos cinco anos, a criança pode experimentar jogos com bolinhas, malabares, perna de pau, saltos, estrelinhas e técnicas com tecido. O trabalho ajuda na coordenação motora, na força e na respiração – diz Débora.
Dentro da arena, palhaços, mágicos e equilibristas são os artistas mais fascinantes para as crianças e que mais são imitados por elas. A oportunidade de contato nutre o imaginário infantil e a incentivar momentos lúdicos e criativos. Assim aconteceu com Claudinho e Sophia, que saíram do circo felizes da vida, ansiosos por colocar em prática um pouco da alegria transmitida em algumas cenas do Cirque.
O cara das risadas
- Até os dois anos, é normal a criança ter medo do palhaço e de personagens como Papai Noel e bonecos gigantes, diz a psicóloga e psicanalista Patrícia Viviani da Silva. A partir dos quatro anos, espera-se que o pequeno já tenha superado o medo e comece a explorar os personagens, conversando e imitando.
- O artista circense chama a atenção porque traz de volta questões lúdicas, brincadeiras. Geralmente, é arteiro e atrapalhado, e as crianças se identificam com essas características.
O cara da cartola
- O universo desconhecido é o trunfo que o mágico carrega na manga. O artista encanta as crianças a partir dos seis anos, fase em que surgem as descobertas e os mistérios. É quando as crianças querem saber sobre alguns fenômenos, como a gravidez e o próprio nascimento.
- De modo geral, o mágico ajuda a fazer pensar, descobrir.
O cara do equilíbrio
- Na pracinha e em casa, as crianças andam sobre os muros ou cordões de calçada para tentar se equilibrar. No circo, torna-se inevitável a fascinação pelo equilibrista. O risco do trabalho do artista os fascina e demonstra que é preciso confiança para fazer determinada atividade.
- As crianças percebem que é preciso segurança e confiança em outras pessoas do grupo para conseguir se equilibrar. O circo passa essa ideia de trabalho em grupo, força e resistência – explica Dilmar Messias, diretor do Circo Girassol.
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